quinta-feira, 25 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A necessária desprivatização da palavra

Após a conclusão do segundo turno, paralelamente à discussão da composição do governo Dilma, os meios de comunicação também devem ser discutidos amplamente pela sociedade.

A falsa premissa de intocabilidade das empresas de comunicação deve ser combatida com a divulgação das deliberações da Conferência Nacional de Comunicação realizada em 2010.

A regulamentação da concessão dos limites legais, éticos e do necessário usufruto público deve ser estabelecido para os setores da comunicação, sejam da telefonia, rádio, tv, internet e imprensa escrita, ou para conglomerado que une todos juntos, como absurdamente acontece no Brasil.

Por três vezes, em oito anos, os brasileiros se negaram a ouvir a intensiva tentativa de desqualificação de uma experiência inédita na vida republicana do país  um operário líder de um governo democrático e socialmente comprometido que concluí o mandato e ajuda a eleger uma sucessora, fato inaugural em nossa história.

Ainda assim, por três vezes não diminuiu a ofensiva com um arsenal que vai de sucessivas acusações sem provas, sugestão de golpe, ressuscitação de temas da ditadura militar, insuflação de preconceitos, tudo isso temperado com a mais grosseira manipulação de dados e sob a hipocrisia de liberdade de expressão, como já comentamos aqui. (http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=3547&id_coluna=68)


Para mesquitas, frias, civitas, marinhos, dantas e seus repetidores acéfalos a palavra não passa de mercadoria e por isso acham perfeitamente natural vendê-la a quem garantir o caráter privado dos conteúdos publicados. O interesse ideológico é claramente associado ao comercial, como demonstram as sempre muito bem documentadas denúncias do blog http://namarianews.blogspot.com/, que revelam as relações dos demo tucanos paulistas e a mídia dependente.

Apesar da derrota pela terceira vez consecutiva, as empresas de comunicação dão sinais que continuarão com sua a política de porta vozes do pensamento direitista brasileiro, na verdade, subalternos dos neocon estadunidenses em um cenário internacional.

Os mercenários do teclado, do vídeo e da voz, após a confirmação da Vitória (com letra maiúscula mesmo) de Dilma, passaram a falar da futura oposição e procuraram minimizar sua fragorosa derrota em uma autodeclaração de isenção de todo processo difamatório da qual foram participantes e incentivadores.

O desserviço à democracia, à liberdade de expressão e à estabilidade política deve ser contestado por políticos, personalidades progressistas e principalmente pelo movimento popular. Um levantamento, mesmo superficial, das manchetes dos últimas vinte anos indicará a detratação dos três poderes republicanos, do movimento popular e de qualquer personalidade fora do perfil de celebridade fútil a ponto da participação política soar como obscenidade.

Somente regimes autoritários se beneficiam com o conceito de transformar uma mentira em verdade, custe o que custar, até mesmo defender o indefensável; o déspota esclarecido FHC.

O direito à palavra

Nestas eleições, o acesso à internet foi fundamental para confrontar e desmentir a avalanche de meias verdades e mentiras completas divulgadas pelos conglomerados de comunicação. Jornalistas, intelectuais, estudantes, sindicalistas e líderes de vários segmentos contaram com blogs, vídeos e documentação para fazer frente a antes incontestável “grande imprensa”.

Mas isso não basta: há de se garantir o direito à palavra aos mais diversos setores desse país de dimensões continentais; desmontar a lógica da espetacularização e da difamação inconsequente produzidas pelas empresas de comunicação. Isso é possível sem censurar uma única palavra, revendo os contratos de publicidade governamentais, democratizando o acesso à banda larga, barateando os equipamentos de produção de áudio e vídeo, ampliando a concessão de rádios e tvs comunitárias, mudando a estrutura dos cursos de jornalismo e, principalmente, proibindo a formações de cartéis através do artifício das “afiliadas”.

Feridos em seus interesses, as bestas do verbo já recomeçaram suas ameaças. Repetem o comportamento violento dos que tiveram seu poder contestado e perdido ao logo da história − as monarquias feudais, as “company” estadunidenses, os barões do café, a elite paulista e agora os latifundiários da palavra.

Nos últimos oito anos conquistamos o direito de comer, morar, estudar, participar politicamente e agora conquistaremos à informação e à construção de nossa imagem, sem a intermediação dos cadernos de cultura e novelas globais. Que a mediocridade e a truculência fiquem restritas aos limites da daslu.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Gráfica que imprimiu planfletos anti-Dilma é de tucana

Dona da empresa é irmã do coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra

A Gráfica Pana, localizada no bairro do Cambuci, em São Paulo, responsável pela impressão dos folhetos com propaganda acusando a candidata do PT à presidência Dilma Rousseff de ser a favor do aborto, pertence à Arlety Satiko Kobayashi, irmã do coordenador de infraestrutura da campanha do José Serra (PSDB) Sérgio Kobayashi.

Uma denúncia anônima levou integrantes do diretório do PT na Vila Mariana à porta da gráfica Pana no sábado 16. Os militantes tentaram impedir a distribuição dos panfletos. CartaCapital acompanhou o caso junto aos integrantes do partido que conseguiram entrar na gráfica e filmar o material. Em seguida, registraram um Boletim de Ocorrência na polícia.

A Polícia Federal apreendeu, no fim de semana, 1 milhão de panfletos com propaganda anti-Dilma. A encomenda era de 20 milhões de panfletos que seriam distribuídos nas igrejas após a missa de domingo 17.O folheto estava assinado pela Regional Sul 1 da CNBB, que divulgou nota negando a sua resposabilidade sobre o material.

A assessoria de imprensa tucana negou haver relações entre a campanha de Serra e a impressão dos folhetos.

A apreensão foi determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após pedido do PT, por meio de uma representação. Além de apurar o crime de difamação, o PT pede ao TSE que investigue quem pagou a impressão dos folhetos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Serra e o jogo sujo

NaMaria News: "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Perdi a paciência: quero a República terrena de volta!


do Vermelho
Fatima Oliveira *
Mandaram pras cucuias a separação entre Igreja e Estado
Afinal, o que é República (do latim, res publica: coisa pública)? E a pauta de quem aspira governá-la? Parece óbvio que o debate eleitoral numa República (regime de governo) tem como eixo a defesa dos valores e dos princípios republicanos. Sob a democracia (regime político) nunca vi uma eleição para a Presidência da República tão carente de espírito republicano quanto a que está em curso. Alguém esqueceu que "isso aqui", o Brasil, é uma República?

No segundo turno piorou. Candidaturas abriram mão dos ideais republicanos, mandando pras cucuias um princípio basilar da República: a separação entre a Igreja (religião) e o Estado, esquecendo que as religiões contrárias ao aborto sabem que a postura delas é inútil para detê-lo até entre suas fiéis, portanto não pregam contra o aborto, mas contra a existência, e até a possibilidade, de leitos hospitalares para o aborto, tanto que onde eles não existem não há polêmica! Não é fanatismo religioso, é indiferença para com a vida das mulheres como princípio.

Sou mesmo uma besta quadrada, pois não sabia que Dilma ou Serra eram os papa-hóstias que dizem ser agora, só faltando dizerem que Deus é brasileiro e as urnas vão sacramentar a reencarnação Dele! Convicta de que a liberdade de religião é um direito constitucional, defendo que qualquer pessoa, quando bem lhe aprouver, torne pública sua religião. Porém, não silencio ao perceber que uma opção religiosa acena interferir nos rumos da República.

É o que está acontecendo agora de modo mais acirrado. Se o país vai bem e parte expressiva do povo saiu da miséria, pode piorar politicamente [Tiririca não estava com a razão ("pior do que está não fica")], caso as candidaturas insistam no veio não-republicano do engalfinhamento religioso, alçando o aborto à questão central do debate eleitoral de 2010, tema que, num olhar republicano, é do campo da cidadania e diz respeito a como a República cuida de suas cidadãs - e a nossa ainda deve muito às mulheres.

Urge que o embate eleitoral tome o rumo da deferência aos pilares que sustentam a República, que são o bem comum acima dos interesses individuais e das coletividades (grupos sociais); o laicismo; e a democracia. Em nome de quê se desrespeita aquilo a que se candidata a preservar? Ou é apenas proselitismo eleitoreiro dos mais rasteiros? Não sei responder às duas indagações. Mas elas evidenciam que vivemos tempos de indigência política e o espectro do fundamentalismo religioso ronda o Estado laico.

Estou bestificada de ver que o empenho das candidaturas (que viraram "a cara de uma o ‘fucim’ da outra") não é genuinamente re-pu-bli-ca-no, mas provar quem detém o monopólio da carolice e da confiança da turba que se rege pelo fundamentalismo religioso, numa flagrante incompreensão do que é o regime de governo republicano e o regime político da democracia! Diante de tal cenário, conjecturo que ambos sequer leram o "Manifesto Republicano" (1870). Se o leram, esqueceram.

Diante da carolice desvairada, pedindo voto em nome de Deus - que nem é candidato a nada e nem precisa, pois para quem nele acredita, ele é TUDO -, não me contenho o grito: republicanos, uni-vos! E ouso dizer que quero a minha República terrena de volta, já! Quero a minha República de volta pelo simbolismo dos ideais libertários. Eu a quero também pelo que significa para o Brasil e sua gente - concreta, nascida, que materializa o princípio republicano de que "toda a autoridade política tem um mandato originado no voto popular".

terça-feira, 12 de outubro de 2010

MANIFESTO DOS INTELECTUAIS

À NAÇÃO

Em uma democracia nenhum poder é soberano.
Soberano é o povo.

É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.

Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.

Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaça de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.

O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.
Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.

O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.
Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão. A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.

É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa. Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo. Mesmo quando acusaram sem provas.
Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta. Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.

A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos. Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade. Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante. O Brasil passou por uma grande transformação.

Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.

Ninguém nos afastará desse caminho. Viva o povo brasileiro.

Leonardo Boff
Maria Conceição Tavares
Oscar Niemeyer
Marilena Chaui
José Luis Fiori
Emir Sader
Theotonio dos Santos
Fernando Morais
Nilcea Freire
Laura Tavares
Walnice Galvão
Eric Nepomuceno
Martha Vianna
Felipe Nepomuceno
Pablo Gentili
Florencia Stubrin
Flavio Aguiar
Renato Guimarães
Ivana Bentes
Vera Niemeyer
Giuseppe Cocco
Sergio Amadeu
Hugo Carvana
Martha Alencar
Carlos Alberto Almeida
Luiz Alberto Gomez de Souza
Ingrid Sarti
Gaudêncio Frigotto
Isa Jinkings
Leila Jinkings
Sidnei Liberal
Sueli Rolnik
Celio Turino
José Gondin
Lejeune Mirhan
Monica Bruckman
Izaias Almada
Clarice Gatto
Fernando Vieira
Rafael Alonso
José Fernando Balby
Breno Altman
Elisabeth Sekulic
Carlos Otavio Reis
Cassio Sader
Tatiana Roque
Monica Rocha
Carlos Augusto Peixoto
Antonio Lancetti
Benjamin Albagli Neto
Geo Brito
Barbara Szaniecki
Henrique Antoun
Francisco de Guimaraens
Mauricio Rocha
Cibele Cittadino
Adriano Pilatti
Marcio Tenambaum
Jô Gondar
Rodrigo Guéron
Paulo Halm
Maria Candida Bordenave
André Fetterman Coutinho
Carlos Eduardo Martins
Lucia Ribeiro
Helder Molina
Elizabeth Serra Oliveira
Isadora Melo Silva
Janes Rodriguez
Claudio Cerri
Gloria Moraes
Peter Pal Pelbart
Mari Helena Lastres
Cecilia Boal
Alexandre Mendes
Mauro Rego Costa
Ana Miranda Batista
Ana Maria Muller
Ronald Duarte
Osmar Coelho Barboza
Joaquim Palhares
Marco Weissheimer
Silvio Lima
Isabella Jinkings
Marcia Aran
Cezar Migliorin
Susana de Castro
Ricardo Rezende Figueira
Eiiana Schueler
Virgilio Roma Filho
Ana Lucia Magalhaes Barros
Maria de Jesus Leite
Marcos Costa Lima
Alberto Rubim
José Cassiolato
Beth Formaggini
Marilia Danny
Fabrício Toledo
Ana Maria Bonjour
Ana Maria Alvarenga de Barros
Marcio Miranda Ferreira
Marcio Pessoa
Marco Nascimento Pereira
Vanessa Santos do Canto
Monica Horta
Ana Maria Muller
Fernanda Reznik Santos
Eliete Ferrer
Felipe Cavalcanti
Francini Lube Guizardi
Rodrigo Pacheco
Edna Krauss
Luis Felipe Bellintani Ribeiro
Rosa Maria Dias
Leneide Duarte-Plon
Licoln de Abreu Penna
Marcelo Saraiva
Francisco Bernardo Karan
Lucy Paixão Linhares
Luiz Carlos de Sousa Santos
Eliana Dessaune Madeira
Lucio Manfredo Lisboa
Isabel Moraes da Costa
Sandra Menna Barreto
Angelo Ricardo de Souza
Roberto Elias Salomão
Angelo Ricardo de Souza
Ricardo Elias Salomão
Eleny Guimarães Teixeira
Elisa Pimentel
Leonora Corsini
Maria Helena Correa
Isis Proença
José Adelio Ramos
Albertita Dornelles Ramos
Deborah Dornelles Ramos
Tamarah Dornelles Ramos
Xavier Cortez
Rodrigo Gueron
Aparecida Martins Paulino
Leonardo Palma
Paulo Roberto Andrade
Urariano Mota
Lea Maria Reis
Ferreira Palmar
Gabriel Rebello
AGFilho
Newton Pimentel
Patricia Ferraz
Pedro Alves Filho
José Antonio Garcia
Afonso Lana Leite
Mariana Rodrigues Pimentel
Jussara Rodrigues Pimentel
Affonso Henriques
Ana Muller
Mario Jakobskind
Fabio Malini
Dayse Marques Souza
Tania Roque
Jussara Ribeiro de Oliveira
Rita de Cassia Matos
Fernando Santoro
Washington Queiroz
Araken Vaz Galvão
Paulo Costa Lima
Carlos Roberto Franke

Serra não conhece Paulo Preto?



O candidato da aliança demo tucana afirma não conhecer Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto. Antes de ser o centro das atenções pela suspeita de arrecadar 4,4 milhões de reais em nome do PSDB e não entregar, foi responsável pela construção do Rodoanel, uma das obras mais alardeadas e adiada das gestões tucanas.

Como está proibido, por Dilma, de dizer que é trololó, Serra optou simplismente por negar que conheça seu ex-funcionário.

O Ruminemos, em uma singela contribuição, sugere ao candidato que pergunte ao senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes que, segundo reportagem da revista Isto É, conhece o chamado homem-bomba dos tucanos.


Um homem com passado

Citado na Operação Castelo de Areia e preso por tentar vender um bracelete roubado, Paulo Vieira de Souza cobra que José Serra o defenda das acusações de Dilma Roussef, mas o demo tucano parece fugir da polêmica.
Frente a frente da adversária, Serra se viu sem a barreira de assessores, da imprensa golpista, sem a torcida uniformizada paga para acompanhá-lo. Como afirmou várias vezes a candidata - tergiversou, mas não respondeu nada.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A imprensa partidária

O Brasil de Fato pesquisou várias edições dos jornais O Globo, da famí(g)lia marinho, Folha de São Paulo, da famí(g)lia, O Estado de São Paulo, da famí(g)lia mesquita* e constatou a falácia da neutralidade jornalística insistentemente repetida por essas empresas de edição de notícias.

O período apurado foi entre 28 de agosto e 27 de setembro e o tema da pesquisa foram as notícias negativas, neutras e positivas em relação à candidata Dilma Roussef.

O gráfico resultante da enquete demonstra a opinião francamente negativa à petista. Depois falam de abordagem isenta...

Saudades da ditabranda


Sabemos que existe em S. Paulo uma corrente separatista que prefere a occupação extrangeira à evolução do Brasil (…). Oswald de Andrade e Pagu – O Homem do Povo, n° 1, março 1931

As empresas de versões de notícias do eixo Rio-SP e seus repetidores, atualmente conhecidos como PIG, atuam como se vivêssemos em uma ditadura ou na Inquisição.

As manchetes dos veículos de comunicação pertencentes às famí(g)lias frias, marinho, civita e mesquita ora se assemelham aos textos contidos nos temidos Atos Institucionais da ditadura militar, ora parecem com os processos liderados por Torquemada, o mais temido inquisidor do Santo Ofício.

Ainda que o candidato José Serra, pautado pela imprensa golpista, venha assumindo um caráter de grande inquisidor e perseguidor de demônios, não é ia fé dos brasileiros que está em jogo; é a democracia que está ameaçada.

Há vários indícios de que uma possível vitória da coligação demotucana significaria o fim da liberdade de expressão, a perseguição de jornalistas, intelectuais, blogueiros, artistas e de lideranças do movimento popular.

Engana-nos o mal com aparências de bem – Pe. António Vieira

A demissão da articulista Maria Rita Kehl pelo Estadão, por criticar o preconceito da elite contra as classes D e E; a demissão do jornalista Heródoto Barbeiro pela tv Cultura, depois de questionar Serra sobre os pedágios; a censura do blog Falha de São Paulo pelo jornal Folha de São Paulo; a indisfarçada parcialidade do jornalismo da Globo; a censura das pesquisas eleitorais e do Blog do Esmael, pelo governador eleito no Paraná, o tucano Beto Richa, são alguns dos vários os exemplos de atentados contra a liberdade de expressão e de opinião. Ao mesmo tempo, atribuem ao governo Lula o que eles praticam.

O demotucanato se diz iluminista, mas gostam mesmo é das sombras da censura e suspiram pela atmosfera pesada dos porões da ditadura, carinhosamente apelidada de ditabranda por um panfleto do baixo jornalismo paulista.

Nós voltamos e votamos Dilma 13


Depois de um longo tempo impossibilitados de postar, por motivos tecnológicos e pessoais, voltamos com todo o pique.

Voltamos e declaramos nosso voto em Dilma 13 por muitas razões mas destacamos como principais a continuidade de um projeto soberano de nação, pela democracia para o povo e não para meia dúzia, e pela possibilidade de mudanças estruturais tão necessárias para alterar as relações sociais do Brasil.

Nesse segundo turno, as propostas ficarão mais evidenciadas apesar da imprensa golpista usar todo seu arsenal de mentiras e baixarias aprendidas desde o tempo em que defendiam a manutenção da política escravocrata, e os golpes militares sofridos pelo país.

O candidato da direita demotucana, José Serra, passa a assumir uma postura arriscada: o obscurantismo político e religioso. Respondamos com a história daqueles que morreram defendendo a liberdade, com o dia a dia daqueles que hoje tem emprego, casa própria, educação e saúde, situação diferente de quando FHC era presidente e José Serra seu ministro.

Para concluir nossa breve nota, recomendamos a visita ao Canal do Ruminemos no youtube, basta acessar a barra devídeos no alto da página.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Emir Sader analisa a relação mídia e governo Lula

Em artigo publicado na Carta Capital, Emir Sader faz uma análise do paradoxo criado pela mídia: o governo Lula.
Ressaltamos que o paradoxo existe apenas para uma mídia acostumada a ficar de joelhos e se assusta quando, na história do país, alguém se levanta e leva junto o povo brasileiro.

Emir Sader: A mídia e o escândalo Lula

Quem olhasse para o Brasil através da imprensa, não conseguiria entender a popularidade do Lula. Foi o que constatou o ex-presidente português Mario Soares, que a essa dicotomia soma a projeção internacional extraordinária do Lula e do Brasil no governo atual e não conseguia entender como a imprensa brasileira não reflete, nem essa imagem internacional, nem o formidável e inédito apoio interno do Lula.

Acontece que Lula não se subordinou ao que as elites tradicionais acreditavam reservar para ele: que fosse eternamente um opositor denuncista, sem capacidade de agregar, de fazer alianças, se construir uma força hegemônica no país. Ficaria ali, isolado, rejeitado, até mesmo como prova da existência de uma oposição – incapaz de deixar de sê-lo.

Quando Lula contornou isso, constituiu um arco de alianças majoritário e triunfou, lhe reservavam o fracasso: ataque especulativo, fuga de capitais, onda de reivindicações, descontrole inflacionário, que levasse a população a suplicar pela volta dos tucanos-pefelistas, enterrando definitivamente a esquerda no Brasil por vinte anos.

Lula contornou esse problema. Aí o medo era de que permanecesse muito tempo, se consolidasse. Reservaram-lhe então o papel de “presidente corrupto”, vitima de campanhas orquestradas pela mídia privada – como em 1964 -, a partir de movimentos como o “Cansei”. Ou o derrubariam por impeachment ou supunham que ele pudesse capitular, não se candidatando de novo, ou que fosse, sangrado pela oposição, ser derrotado nas eleições de 2006. Tinham lhe reservado o destino do presidente solitário no poder, isolado do povo, rejeitado pelos “formadores de opinião”, vitima de mais um desses movimentos que escolhem cores para exibir repudio a governos antidemocráticos e antipopulares.

Lula superou esses obstáculos, conquistou popularidade que nenhum governante tinha conseguido, o povo o apóia. Mas nenhum espaço da mídia expressa esse sentimento popular – o mais difundido no país. O povo não ouve discursos do Lula na televisão, nem no rádio, nem os pode ler nos jornais. Lula não pode falar ao povo, sem a intermediação da mídia privada, que escolhe o que deseja fazer chegar à população. Nunca publica um discurso integral do presidente da republica mais popular que o Brasil já teve. Ao contrário, se opõem frenética e sistematicamente a ele, conquistando e expressando os 3% da população que o rejeita, contra os 82% que o apóiam.

Talvez nada reflita melhor a distância e a contraposição entre os dois países que convivem, um ao lado do outro. Revela como, apesar da moderação do seu governo, sua imagem, sua trajetória, o que ele representa para o povo brasileiro, é algo inassimilável para as elites tradicionais. Essa mesma elite que tinha uma imensa e variada equipe de apologetas de Collor e de FHC, não tolera o fracasso deles e o sucesso nacional e internacional, político e de massas, de um imigrante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, dirigente sindical e um Partido dos Trabalhadores, que não aceitou a capitulação ou a derrota.

Lula é o melhor fenômeno para entender o que é o Brasil hoje, em todas as posições da estrutura social, em todas as dimensões da nossa história. Quase se pode dizer: diga-me o que você acha do Lula e eu te direi quem és.

Fonte: Carta Maior

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Leandro Fortes critica a gestão Gilmar Mendes


Leandro Fortes. jornalista, professor e escritor, autor dos livros Jornalismo Investigativo, Cayman: o dossiê do medo e Fragmentos da Grande Guerra, faz um balanço do período em que Gilmar Mendes foi presidente do STF. Suas críticas, no entanto, são apontadas também para o governo federal que cedeu à chantagem direitista dos grupos da elite brasileira abertamente apoiada por Mendes.
Além do artigo de Leadro fortes, disponibilizamos aqui alguns vídeos que mostram fundo do poço no qual Mendes jogou o STF.

Vídeo 1 - Ministro Joaquim Barbosa reage à desmoralização do STF por Gilmar Mendes
Vídeo 2 - Gilmar Mendes justifica o injustificável no caso Daniel Dantas
Vídeo 3 - Entrevista censurada por Gilmar Mendes I
Video 4 - Entrevista censurada por Gilmar Mendes II

A IDADE MENDES

Por Leandro Fortes, do Brasília, eu vi
.
No fim das contas, a função primordial do ministro Gilmar Mendes à frente do Supremo Tribunal Federal foi a de produzir noticiário e manchetes para a falange conservadora que tomou conta de grande parte dos veículos de comunicação do Brasil. De forma premeditada e com muita astúcia, Mendes conseguiu fazer com que a velha mídia nacional gravitasse em torno dele, apenas com a promessa de intervir, como de fato interveio, nas ações de governo que ameaçavam a rotina, o conforto e as atividades empresariais da nossa elite colonial. Nesse aspecto, os dois habeas corpus concedidos ao banqueiro Daniel Dantas, flagrado no mesmo crime que manteve o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda no cárcere por 60 dias, foram nada mais que um cartão de visitas. Mais relevante do que tudo foi a capacidade de Gilmar Mendes fixar na pauta e nos editoriais da velha mídia a tese quase infantil da existência de um Estado policialesco levado a cabo pela Polícia Federal e, com isso, justificar, dali para frente, a mais temerária das gestões da Suprema Corte do País desde sua criação, há mais cem anos.

Num prazo de pouco menos de dois anos, Mendes politizou as ações do Judiciário pelo viés da extrema direita, coisa que não se viu nem durante a ditadura militar (1964-1985), época em que a Justiça andava de joelhos, mas dela não se exigia protagonismo algum. Assim, alinhou-se o ministro tanto aos interesses dos latifundiários, aos quais defende sem pudor algum, como aos dos torturadores do regime dos generais, ao se posicionar publicamente contra a revisão da Lei da Anistia, de cuja à apreciação no STF ele se esquivou, herança deixada a céu aberto para o novo presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso. Para Mendes, tal revisão poderá levar o País a uma convulsão social. É uma tese tão sólida como o conto da escuta telefônica, fábula jornalística que teve o presidente do STF como personagem principal a dialogar canduras com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.

A farsa do grampo, publicada pela revista Veja e repercutida, em série, por veículos co-irmãos, serviu para derrubar o delegado Paulo Lacerda do comando da PF, com o auxílio luxuoso do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que se valeu de uma mentira para tal. E essa, não se enganem, foi a verdadeira missão a ser cumprida. Na aposentadoria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá tempo para refletir e registrar essa história amarga em suas memórias: o dia em que, chamado “às falas” por Gilmar Mendes, não só se submeteu como aceitou mandar para o degredo, em Portugal, o melhor e mais importante diretor geral que a Polícia Federal brasileira já teve. O fez para fugir de um enfrentamento necessário e, por isso mesmo, aceitou ser derrotado. Aliás, creio, a única verdadeira derrota do governo Lula foi exatamente a de abrir mão da política de combate permanente à corrupção desencadeada por Lacerda na PF para satisfazer os interesses de grupos vinculados às vontades de Gilmar Mendes.

O presidente do STF deu centenas de entrevistas sobre os mais diversos assuntos, sobretudo aqueles sobre os quais não poderia, como juiz, jamais se pronunciar fora dos autos. Essa é, inclusive, a mais grave distorção do sistema de escolha dos nomes ao STF, a de colocar não-juízes, como Mendes, na Suprema Corte, para julgar as grandes questões constitucionais da nação. Alheio ao cargo que ocupava (ou ciente até demais), o ministro versou sobre tudo e sobre todos. Deu força e fé pública a teses as mais conservadoras. Foi um arauto dos fazendeiros, dos banqueiros, da guarda pretoriana da ditadura militar e da velha mídia. Em troca, colheu farto material favorável a ele no noticiário, um relicário de elogios e textos laudatórios sobre sua luta contra o Estado policial, os juízes de primeira instância, o Ministério Público e os movimentos sociais, entre outros moinhos de vento vendidos nos jornais como inimigos da democracia.

Na imprensa nacional, apenas CartaCapital, por meio de duas reportagens (“O empresário Gilmar” e “Nos rincões de Mendes”), teve coragem de se contrapor ao culto à personalidade de Mendes instalado nas redações brasileiras como regra de jornalismo. Por essa razão, somos, eu e a revista, processados pelo ministro. Acusa-nos, o magistrado, de má fé ao divulgar os dados contábeis do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma academia de cursinhos jurídicos da qual Mendes é sócio. Trata-se de instituição construída com dinheiro do Banco do Brasil, sobre terreno público praticamente doado pelo ex-governador do DF Joaquim Roriz e mantido às custas de contratos milionários fechados, sem licitação, com órgãos da União.

Assim, a figura de Gilmar Mendes, além de tudo, está inserida eternamente em um dos piores momentos do jornalismo brasileiro. E não apenas por ter sido o algoz do fim da obrigatoriedade do diploma para se exercer a profissão, mas, antes de tudo, por ter dado enorme visibilidade a maus jornalistas e, pior ainda, fazer deles, em algum momento, um exemplo servil de comportamento a ser seguido como condição primordial de crescimento na carreira. Foi dessa simbiose fatal que nasceu não apenas a farsa do grampo, mas toda a estrutura de comunicação e de relação com a imprensa do STF, no sombrio período da Idade Mendes.

Emblemática sobre essa relação foi uma nota do informe digital “Jornalistas & Companhia”, de abril de 2009, sobre o aniversário do publicitário Renato Parente, assessor de imprensa de Gilmar Mendes no STF (os grifos são originais):

“A festa de aniversário de 45 anos de Renato Parente, chefe do Serviço de Imprensa do STF (e que teve um papel importante na construção da TV Justiça, apontada como paradigma na área da tevê pública), realizada na tarde do último domingo (19/4), em Brasília, mostrou a importância que o Judiciário tem hoje no cenário nacional. Estiveram presentes, entre outros, a diretora da Globo, Sílvia Faria, a colunista Mônica Bergamo, e o próprio presidente do STF, Gilmar Mendes, entre outros.”

Olha, quando festa de aniversário de assessor de imprensa serve para mostrar a importância do Poder Judiciário, é sinal de que há algo muito errado com a instituição. Essa relação de Renato Parente com celebridades da mídia é, em todos os sentidos, o pior sintoma da doença incestuosa que obriga jornalistas de boa e má reputação a se misturarem, em Brasília, em cerimônias de beija-mão de caráter duvidoso. Foi, como se sabe, um convescote de sintonia editorial. Renato Parente é o chefe da assessoria que, em março de 2009, em nome de Gilmar Mendes, chamou o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), às falas, para que um debate da TV Câmara fosse retirado do ar e da internet. Motivo: eu critiquei o posicionamento do presidente do STF sobre a Operação Satiagraha e fiz justiça ao trabalho do delegado federal Protógenes Queiroz, além de citar a coragem do juiz Fausto De Sanctis ao mandar prender, por duas vezes, o banqueiro Daniel Dantas.

Certamente em consonância com o “paradigma na área de tevê pública” da TV Justiça tocada por Renato Parente, a censura na Câmara foi feita com a conivência de um jornalista, Beto Seabra, diretor da TV Câmara, que ainda foi mais além: anunciou que as pautas do programa “Comitê de Imprensa”, a partir dali, seriam monitoradas. Um vexame total. Denunciei em carta aberta aos jornalistas e em todas as instâncias corporativas (sindicatos, Fenaj e ABI) o ato de censura e, com a ajuda de diversos blogs, consegui expor aquela infâmia, até que, cobrada publicamente, a TV Câmara foi obrigada a capitular e recolocar o programa no ar, ao menos na internet. Foi uma das grandes vitórias da blogosfera, até então, haja vista nem um único jornal, rádio ou emissora de tevê, mesmo diante de um gravíssimo caso de censura e restrição de liberdade de expressão e imprensa, ter tido coragem de tratar do assunto. No particular, no entanto, recebi centenas de e-mails e telefonemas de solidariedade de jornalistas de todo o país.

Não deixa de ser irônico que, às vésperas de deixar a presidência do STF, Gilmar Mendes tenha sido obrigado, na certa, inadvertidamente, a se submeter ao constrangimento de ver sua gestão resumida ao caso Daniel Dantas, durante entrevista no youtube. Como foi administrada pelo Google, e não pelo paradigma da TV Justiça, a sabatina acabou por destruir o resto de estratégia ainda imaginada por Mendes para tentar passar à história como o salvador da pátria ameaçada pelo Estado policial da PF. Ninguém sequer tocou nesse assunto, diga-se de passagem. As pessoas só queriam saber dos HCs a Daniel Dantas, do descrédito do Judiciário e da atuação dele e da família na política de Diamantino, terra natal dos Mendes, em Mato Grosso. Como último recurso, a assessoria do ministro ainda tentou tirar o vídeo de circulação, ao menos no site do STF, dento do sofisticado e democrático paradigma de tevê pública bolado por Renato Parente.

Como derradeiro esforço, nos últimos dias de reinado, Mendes dedicou-se a dar entrevistas para tentar, ainda como estratégia, vincular o próprio nome aos bons resultados obtidos por ações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), embora o mérito sequer tenha sido dele, mas de um juiz de carreira, Gilson Dipp. Ministro do Superior Tribunal de Justiça e corregedor do órgão, Dipp foi nomeado para o cargo pelo presidente Lula, longe da vontade de Gilmar Mendes. Graças ao ministro do STJ, foi feita a maior e mais importante devassa nos tribunais de Justiça do Brasil, até então antros estaduais intocáveis comandados, em muitos casos, por verdadeiras quadrilhas de toga.

É de Gilson Dipp, portanto, e não de Gilmar Mendes, o verdadeiro registro moralizador do Judiciário desse período, a Idade Mendes, de resto, de triste memória nacional.
Mas que, felizmente, se encerra hoje.


domingo, 11 de abril de 2010

A escolinha do professor Serra

Assista ao vídeo postado por um professor de São Paulo contestando as informação divulgada pela ex-grande imprensa. Apesar da tentativa de esconder a destruição da educação paulista, professores do país todo podem conferir na internet as ações do (des)governo demo-tucano na área
do ensino.
Imagina-se que ele pretenda fazer o mesmo com o país, ou seja, omitir, mentir e reprimir qualquer reivindicação pela melhoria das condições de ensino.
Veja a escolinha do professor Serra, em pense muitas vezes antes de acreditar no que diz a globo, folha de SP, datena e outros mercenários.

sábado, 10 de abril de 2010

O discurso de Dilma no ABC


Companheiros e Companheiras do ABC.

Estou aqui hoje e quero aproveitar este momento para me identificar com maior clareza. Os da oposição precisam dizer quem são. Vocês sabem quem eu sou, e vão saber ainda mais. O que eu fiz, o que planejo fazer e, uma coisa muito importante, o que eu não faço de jeito nenhum. Por isso gostaria de dizer que:

1 Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções. Em cada época da minha vida, fiz o que fiz por acreditar no que fazia. Só segui o que a minha alma e o meu coração mandavam. Nunca me submeti. Nunca abandonei o barco.

2 Eu não sou de esmorecer. Vocês não me verão entregando os pontos, desistindo, jogando a toalha. Vou lutar até o fim por aquilo em que acredito. Estarei velhinha, ao lado dos meus netos, mas lutando sempre pelos meus princípios. Por um País desenvolvido com oportunidades para todos, com renda e mobilidade social, soberano e democrático;

3 Eu não apelo. Vocês não verão Dilma Rousseff usando métodos desonestos e eticamente condenáveis para ganhar ou vencer. Não me verão usando mercenários para caluniar e difamar adversários. Não me verão fazendo ou permitindo que meus seguidores cometam ataques pessoais a ninguém. Minhas críticas serão duras, mas serão políticas e civilizadas. Mesmo que eu seja alvo de ataques difamantes.

4 Eu não traio o povo brasileiro. Tudo o que eu fiz em política sempre foi em defesa do povo brasileiro. Eu nunca traí os interesses e os direitos do povo. E nunca trairei. Vocês não me verão por aí pedindo que esqueçam o que afirmei ou escrevi. O povo brasleiro é a minha bússola. A eles dedico meu maior esforço. É por eles que qualquer sacrifício vale a pena.

5 Eu não entrego o meu país. Tenham certeza de que nunca, jamais me verão tomando decisões ou assumindo posições que signifiquem a entrega das riquezas nacionais a quem quer que seja. Não vou destruir o estado, diminuindo seu papel a ponto de tornar-se omisso e inexistente. Não permitirei, se tiver forças para isto, que o patrimônio nacional, representado por suas riquezas naturais e suas empresas públicas, seja dilapidado e partido em pedaços . O estado deve estar a serviço do interesse nacional e da emancipação do povo brasileiro.

6 Eu respeito os movimenos sociais. Esteja onde estiver, respeitarei sempre os movimentos sociais, o movimento sindical, as organizações independentes do povo. Farei isso porque entendo que os movimentos sociais são a base de uma sociedade verdadeiramente democrática. Defendo com unhas e dentes a democracia representativa e vejo nela uma das mais importantes conquistas da humanidade. Tendo passado tudo o que passei justamente pela falta de liberdade e por estar lutando pela liberdade, valorizo e defenderei a democracia. Defendo também que democracia é voto, é opinião. Mas democracia é também conquista de direitos e oportunidades. É participação, é distribuição de renda, é divisão de poder. A democracia que desrespeita os movimentos sociais fica comprometida e precisa mudar para não definhar. O que estamos fazendo no governo Lula e continuaremos fazendo é garantir que todos sejam ouvidos.

Democrata que se preza não agride os movimentos sociais. Não trata grevistas como caso de polícia. Não bate em manifestantes que estejam lutando pacificamente pelos seus interesses legítimos.

Companheiras e companheiros,

Aquele país triste, da estagnação e do desemprego, ficou pra trás. O povo brasileiro não quer esse passado de volta.

Acabou o tempo dos exterminadores de emprego, dos exterminadores de futuro. O tempo agora é dos criadores de emprego, dos criadores de futuro.
Porque, hoje, o Brasil é um país que sabe o quer, sabe aonde quer chegar e conhece o caminho. É o caminho que Lula nos mostrou e por ele vamos prosseguir. Avançando.

Com a força do povo e a graça de Deus.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O DEMO está solto!

São Paulo:

Mortes, enchente, não recolhimento de lixo, congestionamentos, milhões em prejuízo, aumento do preço de ônibus, privatização da saúde, risco de epidemia, aumento da passagem do metrô, repressão violenta à manifestações, pedágio mais caro, a infinita obra do rodo anel, assoriamento de rios e ausência de comando.

Brasília:

Repressão violenta a manifestações, transporte caro, especulação imobiliária, ausência de infraestrutura nas cidade satélites, privatização da saúde, aumento da criminalidade, violência nas escolas, corrupção nas instituições e ausência de comando.

O DEMO está solto!
(Mas a ex-grande imprensa insiste em esconder)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O silêncio de Serra


O virtual candidato à presidência da República pela aliança demo-tucana, José Serra, mergulhou em silêncio desde dezembro de 2009. Antes respondia, ainda que forma pífia, cada avanço do governo federal: Lula lança um ambicioso programa de moradia, Serra diz que fará o mesmo, mas não fala em prazos, nem números; o governo federal aumenta o salário mínimo nacional, o governador paulista aumenta o inócuo salário regional; o presidente é reconhecido como líder mundial na conferência do clima em Copenhague, o governador se encontra com o midiático Arnold Swazeneger, medíocre governador da Califórnia, EUA.

O silêncio do governador é válido apenas para os assuntos relevantes para o Estado de São Paulo e para o Brasil, mas o tucano continua opinando sobre o nada, como os olhos de uma repórter da TV Bandeirantes, a beleza de Madona...

Com o início das chuvas de verão e as consecutivas tragédias ocorridas em São Paulo com as enchentes, Serra preferiu se retirar de cena.
Seu comportamento não foi destacado pela ex-grande imprensa. As mas de 70 mortes, os prejuízos materiais, o caos urbano foram creditados ao volume de chuvas e ao descuido da população com a preservação dos rios.

Comparamos com a cobertura com a tragédia de Angra dos Reis, ocorrida no ano novo e verificamos que as empresas Globo, folha e Estadão consultaram especialistas, falaram em negligência do Estado e alardearam um CPI na Assembléia Legislativa. No entanto, o Governador Sérgio Cabral esteve presente desde o início, prestou esclarecimentos, solicitou ajuda do governo federal e prestou auxílio às vítimas sem criminalizá-las.
Atitude muito diversa do tucano que pediu para o povo rezar, culpou São Pedro, a natureza e reprimiu as vítimas com a polícia, além de negar quaisquer responsabilidades do poder público.

O mutismo de Serra se estendeu para assuntos de interesse nacional, até agora não se conhece claramente quais são os planos do virtual candidato para o país, caso assuma a presidência.
O demo-tucano despreza aliados e principalmete o povo brasileiro que parece não ter direito de saber as intenções de quem pretende dirigi-lo.
José Serra vive para a mídia como Narciso vivia para o espelho e isso demonstra seu despreparo para comandar a nação em momentos difíceis. Falta-lhe a firmeza com que Lula e aliados tiveram para superar uma crise que se anunciava avassaladora.

A prisão de José Roberto Arruda, governador eleito pelo Demo e possível candidato a vice na chapa tucana à presidência até o estouro do panetone-gate, teve considerável efeito sobre o já sorumbático José Serra. Parece que além de não falar sobre projetos, também sofre de aminésia política com todo apoio da imprensa golpista.
As empresas dos marinhos, frias, mesquitas e civitas só faltaram culpar Lula pela corrupção e os desmandos de Arruda, o presidente fala e eles distorcem, editam, debatem sobre frases por eles mesmos criadas e atribuídas ao mandatário do país.
Já José Serra é tratado como se nunca tivesse conhecido Arruda, como se tivesse no exílio quando o panetone gate estourou.

Que continue quieto. Será mais fácil da história esquecê-lo, mas enquanto isso, confira abaixo a amizade de dos "dois carecas" e do bando demo-tucano:

Dois carecas pelo preço de um
Amigos para sempre
Aruda, líder de FHC


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O PIG e o Haiti salvaram Serra


Em postagem anterior nós haviamos afirmado que deveriam ser investigadas as ocorrências de contaminação da água no litoral paulista.
Devido a grande quantidade de pessoas contaminadas a responsabilidade do Estado era inequívoca, seja pela responsabilidade direta pela falha dos órgãos de saúde, seja pela omissão no socorro e esclarecimento da população.
A notícia no jornal Agora e comentada no Conversa Afiada, confirmam nossas suspeitas de responsabilidade do governo tucano através da má gestão Sabesp.

Terremoto e o PIG

A repercussão do terremoto no Haiti, e antes, o Partido da Imprensa Golpista encobriram mais essa lambança dos demos-tucanos paulistas que buscam o mote de bons gestores do estado mínimo para se contrapor ao Estado como agente de desenvolvimento.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O que fede no saneamento básico de SP


Os sintomas de contaminação de pessoas no litoral sul de São Paulo merecem ser melhor apurados antes de culpar vendedores ambulantes como tem feito a GNT, canal pago da Globo que se esmera em não citar responsabilidades de governo quando José Serra está envolvido.

O grande número de contaminados, cerca de 1.500, é um fato que por si já envolve autoridades sanitárias do município e do Estado, quer queiram ou não. Mas até agora não houve explicação convincente por parte dos responsáveis da saúde ou do saneamento básico.

A Sabesp, empresa estatal responsável pelo saneamento básico na maioria do Estado de São Paulo fez um comunicado oficial garantindo a qualidade da água, porém, segundo o jornal Diário do ABC, há contestação de especialistas.

Verdade parcial ou mentira inteira?

Apesar da evidente necessidade de informar a população sobre qual o real motivo da contaminação, a empresa de edição de notícia dos marinhos prefere sugerir que a responsabilidade é das vítimas ou de um complô de vendedores ambulantes. Aceita a nota da Sabesp sem a menor contestação e não consulta fontes diferentes sobre o caso.

Não é de espantar porque, para a Globo, jornalismo confunde-se com o departamento comercial e com os interesses políticos do tucanato paulista e a Sabesp foi a grande financiadora da propaganda do governo Serra pelo Brasil todo, em 2009.

Sabotagem?

Aparentemente, Serra usa a mesma tática que FHC usou para criar a Petrobrax; o desmonte do patrimônio público.
A administração tucana em São Paulo promoveu várias demissões do quadro da Sabesp e da CETESB e, simultaneamente, vem terceirizando os serviços antes efetuados por profissionais concursados.
As consequências podem ser verificadas na queda da qualidade do saneamento básico prestado aos paulistas, nas enchentes, na diminuição da fiscalização do meio ambiente e da saúde.

O Sintaema, Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, denunciou a o criminoso abandono da estação de tratamento de esgoto na zona leste, uma das áreas mais afetadas com as enchentes do rio Tiête.
O jornal da entidade, edição 719, aponta razões para a falha de escoamento das águas no Jardim Pantanal, a falta do tratamento de esgoto, além de relatar o total descaso com a manutenção de equipamentos caríssimos comprados com erário público.

Nenhuma empresa de edição de notícias consultou o sindicato ou investigou as responsabilidades da prefeitura e do governo do Estado nesses episódios.
O mesmo não acontece quando a cobertura da tragédia da chuva volta-se para o Rio de Janeiro. Laudos técnicos, especialistas, comentaristas, vítimas, parlamentares, todo tipo de gente está sendo ouvida em relação à ocorrência de Angra dos Reis.

Algo fede na gestão do saneamento básico em São Paulo e Serra e Kassab não conseguem esconder, mas a imprensa golpista insiste em não mostrar.
Os paulistas estão reféns do desgoverno demo-tucano e de um jornalismo que se comporta hora como partido, hora como balcão de negócios.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Boris, o limpo

Boris Casoy é uma daquelas vozes do conservadorismo que reina na elite brasileira. Com um mal disfarçado moralismo, ataca os movimentos sociais, governos progressistas e defende o que há de mais retrógado no país. Faz isso em um tom empostado, artificial, ancorado no bordão "É uma vergonha".

No entanto, Boris que já objeto das nossas ruminadas, provou o que linguistas e freudianos confirmaram e o povo, em sua sabedoria, profere: ninguém é dono das palavras de dpois de ditas.
Boris, o limpo, destilou seu preconceito contra os garis, trabalhadores imprecindíveis em qualquer parte do mundo. Sabemos que quem tem um preconceito, tem vários. Não nos surpreendeu a revelação de seu racionarismo contra trabalhadores, mas não escondemos a felicidade desmascarar mais um bastião do PIG.
Depois de assistir ao vídeo podemos ter ideia do que esse jornalista pensa do povo sobre qual fala.