domingo, 9 de setembro de 2007

FHC, um propagandista da direita



Os
destemperos verbais de FHC, por mais delirantes que pareçam, refletem boa parte das opiniões de uma elite reacionária instaurada no país. Ao cruzarmos suas declarações com as primeiras páginas da “grande imprensa” dos últimos quatro anos teremos vários pontos coincidentes.
FHC defende a linha privatista, o drástico corte dos investimentos sociais, a diplomacia dos pés descalços nos EUA, retórica do porrete com países que não rezam pela cartilha do Tio Sam, uma concepção preconceituosa de povo e um intelectualismo de salão.
A formulação intelectual de FHC aparentemente é o ponto que menos preocupa a esquerda brasileira chegando-se até torná-la objeto de chacota pelo cinismo e superficialidade das teses propostas por ele. No entanto, estão nessa formulação os planos de estrangulamento do movimento popular, precarização do trabalho, eliminação de instâncias democráticas, maior liberdade para o capital especulatório e, principalmente, a brutalização das realações sociais.
Fernando Henrique tem um discurso em que transparecem dois níveis; um propagandístico e outro progamático.
No nível propagantístico fala de democracia, desenvolvimento, responsabilidade social, diálogo econômico e por aí afora.
No programático fala de privatização de empresas e serviços, autonomia do Banco Central, restrição de direitos trabalhistas, comercialização internacional da educação, redução da democracia, incentivo ao individualismo, enfim a cartilha neoliberal sem delongas.
Para saber dos últimos destemperos de FHC é só visitar o blog Conversa Afiada, porém, para conhecer seu pensamento é necessário ler seus artigos e visitar a página do Instituto Fernando Henrique Cardoso na internet. Um resumo das opiniões do príncipe das socialites está no artigo Sobra moral a Alckmin e falta a Lula publicado no dia 7/09/2006 na Folha de São Paulo, durante as últimas eleições.
Para nossa sorte, FHC não mascara seu desprezo pelo povo. Não banca o bom moço mas tem seguidores que controlam melhor a língua em público ainda que as atitudes revelem as verdadeiras intenções destes.
Mesmo que as idéias divulgadas de Fernando Henrique Cardoso sejam uma compilação de pensamentos liberais, teorias sociológicas duvidosas e relatórios de agências financiadoras como BID e FMI, não podem ser ignoradas pela divulgação dada a elas.
Devem ser combatidas linha a linha sob o risco dessa farsa de projeto torna-se novamente paradgma político no Brasil.

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