sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Gripe ou fumaça?


O pânico fabricado em torno do H1N1 tem aparência e cheiro de fumaça. As empresas de edição de notícias acabam de ser derrotadas em mais uma tentativa de golpe, desta vez contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB). Seu principal paladino da honestidade anticorrupção, Arthur Virgílio (PSDB), confessou na tribuna ser culpado por usar dinheiro público para fins privados.
O senador Pedro Simon (PMDB), aquele que criticou duramente aliados e gente do próprio partido, foi constrangido três vezes nessa semana; foi humilhantemente interpelado pelo ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTB), justificou declarações dadas em entrevista da GNT, ao vivo, para o desmoralizado presidente do STF Gilamar "Dantas" Mendes e está sendo questionado pelo aparente silêncio sobre o indiciamento da governadora de seu estado, a tucana Yeda Crusius.
Os mercenários da pena usam de tudo para legitimar um golpe, seja como o frustrado na Venezuela, seja como o bem sucedido, por enquanto, em Honduras. Mentira, falsificação de documentos, coação, omissão, e agora, pânico são despejados diariamente nos meios de comunicação.
Por que tudo isso? As notícias são tratadas com total desequilíbrio - não há destaque em torno das acusações, investigadas pela Procuradoria da República, contra a governadora Yeda Crusius (PSDB); nada se fala sobre as denúncias de corrupção eleitoral, do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB); com exceção da TV Record, as denúncias comprovadas de corrupção na terceirização da merenda da prefeitura de São Paulo, dirigida por Gilberto Kassab (DEM) , parecem não ser relevantes e, finalmente, o prefeito-governador-presidente José Serra, vulgo Zé Pedágio, Serrágio, exterminador de CPIs, conta com total apoio da maioria das grandes empresas de edição de notícias brasileiras.
Por outro lado, o Governo Federal e seus aliados são massacrados nos noticiários.
Quanto à gripe, não somos irresponsáveis em negar a sua propagação e a necessidade de prevenção, mas não compartilhamos com a indústria de boatos em torno dela. Há e-mails, alguns até com CRM (registro de profissional médico) falando em milhares de mortes no Brasil. O resultado está no aumento da auto-medicação, na histeria nas grandes cidades brasileiras, no preconceito contra qualquer cidadão que espirre em público e na desinformação causada pela espetacularização dos fatos.
2010 está aí. A chamada "grande imprensa brasileira", aquela da ditabranda, age como um departamento de propaganda nazista.
Faça sua escolha: a fumaça das manchetes ou a clara análise crítica manifestada em diferentes opiniões.

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