segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Imprensa brasileira apóia ditadura de fato!


Sem máscaras, o golpe de Honduras transformou-se em ditadura de fato com todas as características inerentes a esse regime; prisões indiscriminadas, censura na imprensa, condenação dos movimentos sociais à ilegalidade, militarização da segurança, substituição do estado de direito pelo de exceção.

O assustador é que a medida tem apoio dos grandes grupos da mídia brasileira pela forma em que tratam da crise. Não há ditadura, nem ditador - há "regime de fato" e "presidente de fato", "presidente interino".
Essa nomenclatura nada tem de inocente, procura desassociar os significados relativos à ditadura e ditador: tortura, prisão ilegal, falta de liberdade de expressão, assassinatos, terrorismo de Estado, ocultação de cadáveres, etc.

Jornal do Brasil, O Globo, Folha de São Paulo, O Estado de SãoPaulo e seus repetidores, abordam a crise sob a mesma ótica. Parece que a censura da ditadura hondurenha ocorre em território brasileiro e que cada redação desses jornais tem um editor da polícia do ditador Micheletti.

Quando o Chaves não renovou a concessão pública de emissoras que apoiaram golpistas contrários ao seu governo, houve manifestos, condenação diária, anúncio do fim da liberdade de expressão na América do Sul e discursos dos demo-tucanos para pressionar o governo Lula a execrar o presidente venezuelano.

Em relação a Honduras, nem discursos dos demo-tucanos pela liberdade dos cidadãos, nem editoriais bradando pelo direito de opinião. Adotam a posição de atacar a diplomacia brasileira, colocam-se ao lado daqueles que ameaçam invadir território nacional representado pela embaixada em Tegucigalpa. Compreende-se, o ditador Micheletti e o PIG representam a mesma classe, os mesmos interesses e têm o mesmo inimigo: os respectivos povos.

Silenciar diante desses fatos é assumir os significados impostos pela mídia do pensamento único. É conviver com os que defenderam (e defendem) a carnificina dos porões das ditaduras, os estupros, sequestros as torturas, o criminoso cale-se aos povos, e depois nomear esses horrores como "ditabranda".

Manifestar-se pela volta da democracia a Honduras é preservar a nossa liberdade conquistada após muita luta para tirar "regimes e presidentes de fato" do poder.

Assista ao vídeo onde Miriam Leitão e Alexandre Garcia defendem o golpe em Honduras e ainda declaram abertamente seus preconceitos contra os movimentos sociais.

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